A revista Veja, em sua
edição semanal, publica parte da relação dos nomes dos propineiros citados pelo
ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em depoimento de delação premiada
à Polícia Federal, entre eles estão os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo
Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), além do ministro de
Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA). Do Senado, Ciro Nogueira (PI),
presidente nacional do PP, e Romero Jucá (PMDB-RR), o eterno líder de qualquer
governo. Já no grupo de deputados figuram o petista Cândido Vaccarezza (SP) e
João Pizzolatti (SC), um dos mais ativos integrantes da bancada do PP na casa.
O ex-ministro das
Cidades e ex-deputado Mario Negromonte, também do PP, é outro citado por Paulo
Roberto como destinatário da propina. Da lista de três “governadores” citados
pelo ex-diretor, todos os políticos são de estados onde a Petrobras tem grandes
projetos em curso: Sérgio Cabral (PMDB), ex-governador do Rio, Roseana Sarney
(PMDB), atual governadora do Maranhão, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de
Pernambuco e ex-candidato à Presidência da República morto no mês passado em um
acidente aéreo.
Em reunião de
emergência, hoje pela manhã, Dilma Rousseff reuniu assessores mais próximos
para medir impacto do depoimento de Paulo Roberto Costa. O candidato Aécio
Neves, oportuno, já classificou o fato como o “Mensalão II”. Marina Silva diz
que a conclusão sobre a participação de Eduardo Campos é uma simples ilação.
Paulo Roberto também
esmiúça a lógica que predominava na assinatura dos contratos bilionários da
Petrobras – admitindo, pela primeira vez, que as empreiteiras contratadas pela
companhia tinham, obrigatoriamente, que contribuir para um caixa paralelo cujo
destino final eram partidos e políticos de diferentes partidos da base aliada
do governo.
Os primeiros
depoimentos já foram enviados ao STF, pois todos os denunciados tem foro
privilegiado. A delação premiada precisa ser homologada pela justiça para
beneficiar o delator com redução da pena.
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