Investigadores da Operação Lava Jato da Polícia Federal tiveram acesso a
e-mails trocados entre o doleiro Alberto Youssef e um executivo do grupo
Queiroz Galvão que confirmam o pagamento de R$ 500 mil a lideranças do Partido
Progressista na Bahia. Em uma das mensagens, o executivo Othon Zanoide de
Moraes Filho, que ficou detido durante cinco dias em 2014, escreve para Youssef
uma relação numerada de valores que totalizam R$ 4 milhões referentes, segundo
o doleiro, a pagamentos ilícitos que incluem o "PP da Bahia". Em
depoimento de delação premiada, Youssef afirmou que “com certeza” os
beneficiados sabiam que os valores recebidos em nome das empreiteiras eram
provenientes do “esquema da Petrobras”. Segundo ele, os R$ 500 mil para o PP da
Bahia “seria destinado a Mario Negromonte” - ex-ministro das Cidades do governo
Dilma Rousseff (PT) e atual Conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da
Bahia. Negromonte é apontado pelo doleiro como uma das lideranças do partido
com participação ativa no esquema operado pelo ex-deputado José Janene (PP-PR)
– falecido em 2010. No e-mail enviado pelo executivo da Queiroz Galvão também
aparece o deputado federal Roberto Britto (PP-BA) associado a um pagamento no
valor de R$ 100 mil. A empreiteira é uma das 16 que, segundo a PF, integravam o
cartel que corrompia agentes públicos em troca de contratos da Petrobras. Nos
registros obtidos pelos investigadores também aparecem nomes de outros
parlamentares do PP e do PMDB. Em nota, a Queiroz Galvão negou
"veementemente qualquer pagamento ilícito a agentes públicos para obtenção
de contratos ou vantagens".
FONTE Bahia Noticias!
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