Ainda em fase de
recriação, o Partido Liberal pretende abrigar oito deputados estaduais e 47
prefeitos do PDT na Bahia. No entanto, caso a legenda não desponte, eles devem
continuar em sua sigla de origem até as eleições em 2016. O arquivamento de
registro do PL pelo Tribunal Superior Eleitoral, na semana passada, faz com que
o principal articulador da legenda no estado, Marcelo Nilo, planeje estratégias
até outubro próximo - prazo máximo de criação de partidos. Em almoço com
jornalistas, nesta segunda-feira (10), o presidente da Assembleia Legislativa
da Bahia disse que o Partido Liberal tem 80% de chances de disputar o pleito em
2016, contudo, caso não seja concebido, poderá ir sozinho para a nova legenda.
O grupo que organiza o
PL a nível nacional deve entregar, nesta segunda-feira, mais 500 mil
assinaturas de apoiamento para novo registro no TSE. Antes do arquivamento, o
grupo conseguiu entregar 67.924 assinaturas consolidadas e 99.703 certificadas,
totalizando 167.924 assinaturas. A greve do Judiciário foi a justificativa para
o impedimento de validação. Na Bahia esse número sobe de 11 mil para 23 mil
assinaturas consolidadas.
“Tenho 99% de certeza
que o PL será criado, mas para participar dessa eleição é de 80%. Caso não
ocorra eu vou sozinho para o PL, porque não me considero mais dentro do PDT, e
não tenho a preocupação de participar dessa eleição”, disse Nilo. O presidente
da Alba mira o Senado em 2018.
Contudo, a estratégia -
caso o PL não esteja oficializado até outubro próximo - é que os parlamentares
e prefeitos continuem no PDT para não perderem seus direitos políticos. No
entanto, a tática pode fortalecer o palanque do prefeito ACM Neto (DEM), na
capital baiana, em que recebe o apoio oficial do partido. Outra estratégia que
pode minar é a divisão de cargos. Atualmente dois pedetistas compõem o primeiro
escalão do governo Rui Costa – Paulo Câmera na Secretaria de Agricultura e
Nestor Duarte na Administração e Ressocialização. Inclui-se também as cadeiras
no segundo escalão. Porém, segundo Nilo, os cargos são de cotas pessoais e não
do partido, indo, automaticamente, para a cota do PL.
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