O vice-presidente
Michel Temer, do PMDB, decidiu deixar o dia a dia da articulação política do
governo.
Michel Temer, presidente do PMDB, vinha sendo pressionado por grupos do partido para sair da articulação política do governo. Ele também estava insatisfeito com dificuldades para honrar compromissos com aliados.
Mas como vice-presidente, Temer não poderia deixar de ajudar o governo nas negociações com o Congresso. Ele, então, encontrou uma solução intermediária. Vai deixar as negociações do dia a dia, as conversas que para pagamento de emendas, distribuição de cargos e mapeamento dos votos de deputados e senadores do Congresso. Temer vai tocar as negociações mais importantes apenas, aquelas que são fundamentais, como as votações no Congresso.
Michel Temer, presidente do PMDB, vinha sendo pressionado por grupos do partido para sair da articulação política do governo. Ele também estava insatisfeito com dificuldades para honrar compromissos com aliados.
Mas como vice-presidente, Temer não poderia deixar de ajudar o governo nas negociações com o Congresso. Ele, então, encontrou uma solução intermediária. Vai deixar as negociações do dia a dia, as conversas que para pagamento de emendas, distribuição de cargos e mapeamento dos votos de deputados e senadores do Congresso. Temer vai tocar as negociações mais importantes apenas, aquelas que são fundamentais, como as votações no Congresso.
O líder do Governo
disse que não haverá prejuízo na articulação. “Claro que eu vou sentir falta no
dia a dia aqui dentro, por que eu falava muito com ele. Mas ele me disse hoje
com muita tranquilidade, ‘você pode me ligar, dez, quinze, vinte vezes por dia,
não tem problema, então essa coisa é absolutamente tranquila”, disse o deputado
José Guimarães, PT-CE, líder do Governo.
O presidente da Câmara,
Eduardo Cunha, que rompeu com o governo em julho, elogiou a decisão de Temer.
“É um bom sinal para
ele e eu estou defendendo que o Congresso do PMDB adiante. Foi convocado para
novembro, que seja convocado para antes, pra gente discutir a possível saída do
PMDB do governo”, disse Cunha.
Cunha reafirmou que não
deixa o comando da Câmara. E que daqui para frente só o advogado dele vai
rebater as denúncias feitas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
que pediu ao Supremo Tribunal Federal abertura de processo contra Cunha, por
envolvimento no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Já o PT decidiu ser
cauteloso sobre o assunto. O presidente do partido, Rui Falcão, foi a Brasília
para desaconselhar a queda-de-braço com Cunha.
A ideia é esperar para
ver se o Supremo vai abrir processo contra o deputado antes de assinar um
pedido de afastamento de Cunha da presidência da Câmara.
Mas ao menos dois
deputados do PT, por conta própria, já assinaram o manifesto com parlamentares
de dez partidos que exige a saída da Cunha. Nenhum partido foi ao Conselho de
Ética pedir investigação contra o deputado.
Com a saída de Temer, o
ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha, também do PMDB, deve
assumir mais diretamente a articulação. Até agora, ele trabalhava como braço
direito do Temer, atuando para convencer deputados e senadores a votar à favor
do Governo. Mas a presença dele nesse cenário está com os dias contados. O
ministro Padilha anunciou que vai deixar a tarefa em setembro, para se dedicar
mais ao Ministério.
Fonte: G1
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