Enquanto o publicitário
baiano João Santana permanece preso, desde fevereiro em Curitiba pela Operação
Lava-Jato, negando que sua empresa tenha recebido recursos durante a campanha
de Dilma Rouseff em 2014, a situação piora para ele, cuja prisão já entra no
quinto mês. Da Odebrecht seguramente recebeu para trabalhar durante a
reeleição. Surgem informações, não em relação a Santana, mas em outra
instância, que houve uso de um contrato fechado pela Secretaria de Comunicação
do Planalto, no valor de R$ 44,7 milhões em desvio para pagar dívidas a duas
outras agências de publicidade. A informação vem do conhecido lobista Benedito
Neto, o Bené, em delação premiada. Rousseff sempre negou, insistentemente, que
não usara recursos públicos durante a sua campanha. Com a denúncia agora feita,
como ela ficará? Os problemas da presidente afastada passam a ganhar corpo, na
medida em que surge, quase ao mesmo tempo, outra delação premiada, oriunda do
ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, que está preso desde o início do ano
passado. Diz ele que Dilma quando presidente do Conselho da Petrobras tinha
pleno conhecimento da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Sabia de tudo o que se passava em torno da compra, o que o levou no seu relato
à Lava-Jato, concluir que “ela mentira”. Pasadena gerou para o país um prejuízo
em torno de US$ 1 bilhão. Assim posto, a presidente, que estava distanciada dos
acontecimentos envolvendo delações, entra na roda. Poderão emergir novas
informações aumentando as suas agruras. Até chegar à conclusão feira por
Cerveró que ela, efetivamente, mentira.
Samuel Celestino.
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