Apontada pelo
Ministério Público Federal como integrante de uma "articulação
criminosa", a ex-deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP) foi nomeada
nesta sexta-feira (3) para chefiar a secretaria de políticas para as mulheres,
vinculada ao Ministério da Justiça.
A decisão foi publicada
no "Diário Oficial da União". A escolha da peemedebista, que é
presidente do PMDB Mulher, foi antecipada pela Folha de S,Paulo e foi sugerida
ao presidente interino Michel Temer pela bancada feminina na Câmara dos Deputados.
Segundo relatório da
Procuradoria-Geral da República, Pelaes é suspeita de envolvimento no esquema
desmantelado pela Operação Voucher, em 2011.
Na época, ela foi
citada no escândalo ligado a uma ONG fantasma que havia celebrado convênio com
o Ministério do Turismo dois anos antes.
O inquérito aberto em
2013 pelo STF (Supremo Tribunal Federal) está na Justiça Federal do Amapá e os
sigilos fiscal, bancário e telefônico de Pelaes foram quebrados.
Segundo a investigação,
Pelaes indicou uma ONG fantasma chamada Ibrasi para receber R$ 4 milhões de
suas emendas para promover o turismo no Amapá. Na época, quatro depoimentos a
apontaram como beneficiária de parte do dinheiro.
Questionada pela Folha
de S.Paulo, Pelaes respondeu, por meio da assessoria: "Eu confio no
trabalho da polícia e da Justiça e estou tranquila de que tudo será
esclarecido".
Com a polêmica,
assessores presidenciais defendem que a peemedebista seja exonerada da pasta e,
em seu lugar, seja nomeada Solange Jurema, presidente da secretariada nacional
da mulheres do PSDB.
O governo federal,
contudo, ainda não tomou uma decisão.
Bocão News
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