A Prefeitura de Florianópolis decidiu fazer uma
reforma na Escola Básica Maria Tomázia Coelho depois que a aluna Isadora Faber,
de 13 anos, denunciou os problemas do colégio em uma página Facebook. O Diário de Classe, criado
por Isadora, já recebeu o apoio de 141 mil pessoas, que "curtiram" a
página. A Secretária de Educação de Florianópolis, Sidneya Gaspar de Oliveira,
disse que a atitude da aluna é "brilhante" e "saudável" e
que a página funciona como uma ouvidoria.
Além de reclamar sobre fios desencapados, carteiras
quebradas, portas sem maçaneta e ventiladores que dão choque, Isadora fez
críticas sobre o fraco desempenho de o desempenho dos professores auxiliares.
"Quando temos aulas com auxiliares, elas dão um texto e uma pergunta e é
sempre isso, acho que o tempo poderia ser melhor aproveitado", escreveu. A
Secretária de Educação disse que vai analisar a situação. O parecer será
divulgado na segunda-feira (3) e o docente poderá ser substituído.
A
diretora da escola em que Isadora estuda se reúne com representantes da
Secretaria de Educação. (Foto: Divulgação/Fábio Pacheco)
Dentro da escola, a iniciativa tem sido duramente
criticada. Muitos amigos se afastaram e os professores, alguns deles vítimas
das denúncias da página, consideram a ação um absurdo. Num comentário, uma das
professoras perguntou onde estava a menina meiga que visitava muito a
biblioteca e pediu para que a garota deixe de trilhar caminhos obscuros ou terá
um futuro triste.
Em casa, Isadora recebe o apoio da mãe, Mel Faber.
"Ela levantou uma bandeira muito forte, a da educação, e isso nunca pode
ser podado", diz". Assim que a página foi criada, Mel foi convocada à
escola e avisada: era melhor tirar essa ideia da cabeça da menina antes que ela
começasse a sofrer ameaças ou até fosse presa. "Fui taxativa no meu não.
Minha filha quer o que é dela por direito", afirmou. A diretora da escola,
Liziane Diaz Farias, disse que pediu a Mel para que a imagem de alunos,
funcionários e professores da escola fossem preservadas, mas não desencorajou a
iniciativa.
Além dos reparos na estrutura física do colégio, a
diretora afirmou que será feito um trabalho de conscientização dos alunos para
evitar vandalismo. "“Os alunos tem que saber que a participação deles é
fundamental para preservar um bem público”, disse Liziane.
Fonte: revista epoca
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