quarta-feira, agosto 06, 2014

PREPARE O BOLSO! LA VEM MAIS AUMENTO DO GOVERNO NA GASOLINA. VOCÊ IMAGINE, SE O PETRÓLEO NÃO FOSSE NOSSO?


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu indícios nesta terça-feira de que pode haver um novo aumento no preço da gasolina ainda este ano. Questionado sobre novos possíveis reajustes, o ministro deixou a possibilidade em aberto. “Todos os anos tem correção do preço da gasolina. Uns mais, outros menos. Não teve nenhum ano que não teve aumento da gasolina. Essa é a regra”, afirmou. Contudo, Mantega não quis detalhar a data do reajuste. “Quando ocorrerá o aumento, essa é uma decisão que mexe com o mercado, com ações, então não se comenta”, acrescentou o ministro, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Mantega deu a declaração ao ser questionado se, com o possível enfraquecimento da inflação mais para o fim deste semestre, haveria espaço para ajustes nos preços administrados, que são aqueles controlados pelo governo. “Nosso comportamento é continuar com reajustes normais, sem tarifaço”, afirmou o ministro, referindo-se à possibilidade de um reajuste maior do que o que vem sendo praticado nos últimos anos. O mercado especula que, caso a presidente Dilma se reeleja, haja um aumento generalizado de tarifas no início de 2015, puxado, sobretudo, pelos preços do mercado de energia.
A diretoria da Petrobras, inclusive a própria presidente da estatal, Graça Foster, tem pleiteado ao governo reajuste dos preços dos combustíveis para reduzir a defasagem dos valores praticados no Brasil com os vistos no exterior, algo que afeta as finanças da companhia. Não à toa, a Petrobras é a empresa de petróleo mais endividada do mundo. Sua dívida é estimada em 300 bilhões de reais.

A gasolina tem um peso importante no IPCA, índice que baliza a meta de inflação do governo – que é de 4,5% ao ano, com margem de tolerância de dois pontos para mais ou para menos. Com o IPCA em 12 meses acima do teto da meta, o Planalto tem menos espaço para elevar preços administrados como os dos combustíveis. Em junho, o indicador acumulava alta de 6,52% em 12 meses e, segundo pesquisa da agência Reuters, deve subir a 6,60% no levantamento de julho.

A última vez em que houve reajuste nos preços da gasolina foi em novembro do ano passado, quando a Petrobras anunciou aumento médio de 4% da gasolina e de 8% no diesel nas refinarias. Na época, especialistas calcularam que a alta da gasolina ao consumidor final seria de cerca de 3%.

Por Reinaldo Azevedo/Veja

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