terça-feira, setembro 09, 2014

BOMBA-DEPUTADO MARIO NEGROMONTE JUNIOR, TAMBEM, RECEBEU DOAÇÃO DE EMPREITEIRA


Segundo reportagem da revista Época, o deputado federal Mário Negromonte e o seu filho, o deputado estadual Mário Negromonte Jr., ambos do PP, receberam dinheiro da empreiteira Jaraguá, investigada na "Operação Lava Jato". Além de pagamentos da Camargo Corrêa e da Sanko, aparecem nas planilhas transferências milionárias de OAS, Galvão Engenharia e Jaraguá. No total, a polícia identificou cerca de R$ 31 milhões em "pagamento com suspeita de ilicitude".

Segundo ainda a publicação, a Jaraguá, por exemplo, foi a maior doadora dos deputados do PP em 2010. A empresa investiu 1.825 milhão em campanhas de dez deputados: um do PDT, um do PSDB e oito do PP, entre os quais, Mário Negromonte (recebeu R$ 500 mil), o filho Mario Negromonte Júnior (R$ 85 mil) e Roberto Britto (R$ 50 mil).

As contas dos três candidatos baianos foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, a matéria da Época afirma que um dos irmãos de Negromonte, Adarico Negromonte, trabalhava no escritório de Youssef em São Paulo. Depoimentos confirmam o que a publicação define como "bico" do irmão do ex-ministro.

Como acontece em investigações desse tipo, o essencial é seguir o caminho do dinheiro. Nesse caso, seguir o dinheiro recebido e pago por Youssef. No Congresso, Youssef é tido como "banquinho" de vários políticos. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo revelou que André Vargas pegou carona num jatinho fretado por Youssef. O deputado se enrolou todo para explicar a relação com ele. Não é o único deputado que goza da amizade de Youssef. Segundo o depoimento de Leonardo Meireles, que trabalhava com Youssef e fez um acordo de delação premiada com a PF, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro e deputado do PP Mário Negromonte, trabalhava no escritório de Youssef em São Paulo. Outros depoimentos confirmam o bico do irmão do ministro.

Descobriu-se, também na semana passada, que os tentáculos de PP e de seus sócios se estendem para além da área do petróleo. Em parceria com o governo federal, por meio da elétrica Furnas, empresas ligadas a PP arremataram um leilão para administrar a Usina de Três Irmãos, em São Paulo. A revelação dos sócios do fundo que se juntou a Furnas só ocorreu dias depois da concorrência. No dia do leilão, ninguém sabia quem estava por trás das empresas. O TCU suspendeu a assinatura do contrato atendendo a um pedido do governo paulista. Um dos sócios de PP na empreitada chama-se João Mauro Boschiero, colega de PP no governo Collor e número dois nas impresas de PP.

Com informações da Revista Época 

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