O número de casos
confirmados de microcefalia no Brasil aumentou 26% nos últimos dez dias,
passando de 462 para 583 segundo o novo boletim epidemiológico divulgado pelo
Ministério da Saúde nesta terça-feira, 23.
Outros 950 casos
suspeitos de microcefalia foram descartados após análises mais criteriosas, ou
por serem crianças sem a má-formação ou casos não relacionados a infecções por
vírus ou bactérias. Todos os números se referem ao período de 22 de outubro de
2015 a 20 de fevereiro deste ano, e incluem "outras alterações do sistema
nervoso central" além da microcefalia.
Já foram notificados
120 óbitos de bebês por microcefalia, o que inclui morte pós-parto e aborto
espontâneo. No boletim anterior, divulgado em 22 de fevereiro, era 91. Desses,
30 foram investigados e confirmados para microcefalia (ante 24 no balanço
anterior) e 10 foram descartados. Outros 80 continuam em estudo
O Ministério da Saúde
informou que há 4.107 casos em investigação, distribuídos em 1.101 municípios
de 25 unidades da federação. Amapá e Amazonas permanecem como os únicos Estados
da federação que não tem nenhum registro de casos.
Pernambuco é o Estado
com o maior número de casos confirmados de microcefalia com infecção por zika
(209), seguido da Bahia (120) Mesmo nesses casos, não está excluída a
possibilidade de a mãe da criança ter tido outras infecções capazes de causar
danos ao sistema nervoso do feto. Ou seja: não são casos em que o zika foi identificado
como única causa possível da má-formação.
"Cabe esclarecer
que o Ministério da Saúde está investigando todos os casos de microcefalia e
outras alterações do sistema nervoso central informados pelos Estados e a
possível relação com o vírus zika e outras infecções congênitas", diz o
boletim. "A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos
além do zika, como sífilis, toxoplasmose, outros agentes infecciosos, rubéola,
citomegalovírus e herpes viral."
JC Online
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